domingo, 9 de dezembro de 2018

4º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 11 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 "Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas" (Ap 14:6, 7).

Sábado à tarde, 8 de dezembro

Devemos louvar mais a Deus "pela Sua bondade e pelas Suas maravilhas para com os filhos dos homens". Sal. 107:8. Nossas devoções não deviam consistir só em pedir e receber. Não pensemos sempre em nossas necessidades, sem nunca nos ocuparmos com os benefícios recebidos. Não oramos demasiado, mas somos ainda mais econômicos em nossas ações de graças. Estamos a receber continuamente as misericórdias de Deus e, no entanto, quão pouco Lhe exprimimos nosso reconhecimento, quão pouco O louvamos pelo que por nós tem feito! [...]
Nosso Deus é um terno e misericordioso Pai. [...] Deseja que aqueles que O buscam para Lhe render adoração, levem consigo preciosos pensamentos acerca de Seu cuidado e amor, a fim de poderem ser animados em todas as ocupações da vida diária, e disporem de graça para lidar sincera e fielmente em todas as coisas. [...]
A alma pode ascender para mais perto do Céu nas asas do louvor. Deus é adorado com hinos e músicas nas cortes celestes, e, ao exprimir-Lhe a nossa gratidão, estamo-nos aproximando do culto que Lhe é prestado pelas hostes celestes. "Aquele que oferece sacrifício de louvor Me glorificará." Sal. 50:23. Cheguemos, pois, com reverente alegria a nosso Criador, com "ações de graças e voz de melodia" (Isa. 51:3; Caminho a Cristo, p. 102-104).

[Em} reuniões deve [...] imperar ali a própria atmosfera do Céu. As orações e discursos não devem ser longos e enfadonhos, apenas para encher o tempo. [...] Nisso está o culto agradável a Deus. Seu culto deve ser interessante e atraente, não se permitindo que degenere em formalidade insípida. Devemos dia a dia, hora a hora, minuto a minuto viver para Cristo; então Ele habitará em nosso coração e, ao nos reunirmos, seu amor em nós será como uma fonte no deserto, que a todos refrigera, incutindo nos que estão prestes a perecer um desejo ardente de sorver da água da vida (Testemunhos para a Igreja, v. 5, p. 609).

Apossando-se do coração, o Espírito de Deus transforma a vida. Pensamentos pecaminosos são afastados, as más ações são renunciadas; o amor, a humildade e a paz tomam o lugar da ira, inveja e discórdia. A alegria substitui a tristeza, e a fisionomia reflete a alegria do Céu. Ninguém vê a mão que remove o fardo ou contempla a luz que desce do Céu. [...]
O Espírito Santo é a respiração da vida espiritual no ser humano. A concessão do Espírito é a doação da vida de Cristo. Impregna o recebedor com os atributos de Cristo. ...
A religião que de Deus procede é a única que conduz a Deus. A fim de servirmos a Deus corretamente, precisamos nascer do Espírito divino. Isso purificará o coração e renovará a mente, concedendo-nos nova capacidade de conhecer e amar a Deus. Far-nos-á obedecer voluntariamente a todos as Suas reivindicações. Isso é culto verdadeiro. É o fruto da atuação do Espírito Santo. Toda oração sincera é ditada pelo Espírito, e aceitável a Deus. Onde quer que uma pessoa busque a Deus, ali Se manifesta o Espírito, e Deus Se revelará a ela. A tais adoradores Ele busca. Ele espera recebê-los e torná-los Seus filhos e filhas (Minha Consagração Hoje [MM 1953, 1989], p. 41).

Domingo, 9 de dezembro: Adorando nosso Criador e Redentor

Ele quer que cada alma triunfe pelo poder mantenedor do Redentor. Diz o salmista: “Dai ao Senhor, ó filhos dos poderosos, dai ao Senhor glória e força. Dai ao Senhor a glória devida ao Seu nome, adorai o Senhor na beleza da Sua santidade.” Salmos 29:1, 2. [...]
A igreja de Deus na Terra é uma com a igreja de Deus no Céu. Os crentes na Terra e os seres celestiais que não pecaram constituem uma só igreja. Cada ser celestial toma interesse nos santos que na Terra se reúnem para adorar a Deus. Os testemunhos dos crentes são ouvidos por eles na corte celestial. O louvor e ações de graças dos adoradores na Terra, repetidos em seus cânticos divinos, repercutem no Céu seu louvor e alegria porque Cristo não morreu em vão pelos caídos filhos de Adão (Testemunhos para a Igreja, v. 6, p. 366). 

A suprema glória dos atributos de Cristo, é Sua santidade. Os anjos se inclinam diante dEle em adoração, exclamando: "Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso." Apoc. 4:8. Declara-se a Seu respeito que Ele é glorioso em Sua santidade. Considerai o caráter de Deus. Contemplando a Cristo, buscando-O com fé e oração, podeis tornar-vos semelhantes a Ele (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 402). 

Todo o mundo natural dá testemunho das obras do Deus vivo. A natureza é nosso manual que nos foi dado por Deus, o Criador de todas as coisas. Essas coisas da natureza não devem ser chamadas Deus. São a expressão do caráter de Deus, mas não são Deus. Pelas coisas de Sua criação podemos compreender a Deus e Seu amor, Seu poder e Sua glória, mas existe o grande perigo de adorarem os homens a natureza como Deus. [...]
O poder do Senhor é revelado constantemente como poder operador de maravilhas, para que a família humana possa ver uma infinidade acima e além das coisas criadas, reconhecendo que Aquele que formou tal ser como o homem também criou todas as belezas do mundo natural (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 285).

Pode nossa casa de oração ser muito humilde, mas nem por isso será menos reconhecida por Deus. Se adorarmos em espírito e verdade, e na beleza da santidade, ser-nos-á como a própria porta do Céu. Ao repetirem-se as lições das maravilhosas obras de Deus, e ao ser a gratidão da alma expressa em oração e cânticos, anjos do Céu entoarão o coro, unindo-se-nos em louvor e ação de graças a Deus. Esses cultos forçam à retirada o poder de Satanás. Afugentam as murmurações e queixas, e Satanás perde terreno.
Deus nos ensina que devemos reunir-nos em Sua casa, para cultivarmos os atributos do perfeito amor. Isto tornará os habitantes da Terra aptos para as mansões que Cristo foi preparar para os que O amam, e onde, de sábado em sábado, de uma Lua nova a outra, se reunirão no santuário, para se unirem em entoar cânticos mais sublimes, em ação de graças e louvor Àquele que está assentado sobre o trono e ao Cordeiro, para sempre e sempre (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 296).

Segunda, 10 de dezembro: Falsa adoração

Como a Eva no Éden, Satanás hoje seduz os homens pela lisonja, despertando-lhes o desejo de obter conhecimento proibido, tornando-os ambiciosos de exaltação própria. Foi o acariciar estes males que lhe ocasionou a queda, e por meio deles visa conseguir a ruína dos homens. "Sereis como Deus", declara ele, "sabendo o bem e o mal." Gên. 3:5. O espiritismo ensina "que o homem é criatura susceptível de progresso; que é seu destino progredir, desde o nascimento, até à eternidade, em direção à Divindade". [...] Disse um ensinador espírita, ao despertar-se nele a "consciência espiritual": "Meus semelhantes foram todos eles semideuses não caídos." E outro declara: "Todo ser justo e perfeito é Cristo."
Assim, em lugar da justiça e perfeição do Deus infinito, verdadeiro objeto de adoração; em lugar da justiça perfeita de Sua lei, a verdadeira norma da perfeição humana, pôs Satanás a natureza pecaminosa, falível do próprio homem, como único objeto de adoração, a única regra para o juízo, ou norma de caráter (O Grande Conflito, p. 554, 555). 

Chegou o dia determinado, a multidão reunida, e trazida ao rei a notícia de que os três hebreus que ele havia colocado sobre a província de Babilônia se recusavam a adorar a imagem. Eram os três companheiros de Daniel, aos quais o rei havia dado os nomes de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Cheio de ira, o rei os chamou a sua presença e, apontando para a fornalha ardente, disse-lhes qual seria sua punição se recusassem obediência à sua vontade.
Em vão foram as ameaças do rei. Ele não pôde desviar esses nobres homens de sua fidelidade ao grande Governador das nações. Eles haviam aprendido da história de seus pais que desobediência a Deus significava desonra, desastre e ruína; que o temor do Senhor não é somente o princípio da sabedoria, mas o fundamento de toda verdadeira prosperidade. Eles olharam com calma para a fornalha inflamada e a multidão idólatra. Tinham confiado em Deus e Ele não os desampararia agora. Sua resposta foi respeitosa, mas decidida: "Fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste" (Dan. 3:18; Santificação, p. 37).

O Senhor reivindica Sua supremacia. Mas Satanás bem sabe que a adoração ao Deus vivo eleva, enobrece e exalta uma nação. Ele sabe que a adoração a ídolos não eleva, mas degrada as ideias humanas, porque associa ao culto aquilo que é vil e corrupto. Ele está constantemente em ação para desviar a mente do único Deus verdadeiro. [...]
Que os homens adorem e sirvam ao Senhor Deus, e a Ele tão somente. Não permitam que se levante o orgulho egoísta, e seja servido como um deus. Não façam do dinheiro um deus. Caso a sensualidade não seja mantida sob sujeição às faculdades superiores do espírito, as baixas paixões dominarão o ser. Qualquer coisa que se torne objeto de indevidos pensamentos e admiração, absorvendo a mente, é um deus posto diante do Senhor. Deus é um esquadrinhador dos corações. Ele distingue entre o verdadeiro serviço de coração e a idolatria (Comentários de Ellen G. White, no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 4, p. 1.260, 1.261).  

Terça, 11 de dezembro: A primeira mensagem angélica

A reivindicação divina à reverência e culto, acima dos deuses dos gentios, baseia-se no fato de que Ele é o Criador, e que a Ele todos os outros seres devem sua existência. Assim é isto apresentado na Bíblia. [...] O sábado, como um memorial do poder criador de Deus, designa-O como o que fez os céus e a Terra. Daí o ser ele uma testemunha constante de Sua existência, e lembrança de Sua grandeza, Sua sabedoria e Seu amor. Houvesse sido o sábado sempre observado de maneira sagrada, e nunca poderia ter havido um ateu ou idólatra (Patriarcas e Profetas, p. 336).

Nesta época, que precede imediatamente a segunda vinda de Cristo nas nuvens dos céus, Deus chama homens que preparem um povo para estar em pé no grande dia do Senhor. Deve ser realizada, nestes últimos dias, uma obra exatamente como a que João fez. O Senhor está dando mensagens a Seu povo através dos instrumentos que escolheu, e Ele deseja que todos deem ouvidos às admoestações e advertências que Ele envia. [...] Nossa mensagem não deve ser de paz e segurança. Como um povo que acredita no breve aparecimento de Cristo, temos uma mensagem definida a dar: "Prepara-te [...] para te encontrares com o teu Deus" [Am 4:12]. [...]
Nesse tempo de apostasia quase universal, Deus chama Seus mensageiros a proclamar Sua lei no espírito e no poder de Elias. Como João Batista, ao preparar um povo para o primeiro advento de Cristo, chamou a atenção para os dez mandamentos, devemos dar em tons claros a mensagem: "Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo" (Ap 14:7). Com o fervor que caracterizou o profetas e João Batista, devemos nos esforçar a fim de preparar o caminho para o segundo advento de Cristo (Comentários de Ellen G. White, no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 4, p. 1.306).

Aqueles que se apegaram à verdade teoricamente, com a ponta dos dedos, por assim dizer, que não levaram seus princípios ao santuário interior da alma, antes conservaram a verdade vital no pátio exterior, não verão nada de sagrado na história passada deste povo, a qual deles tem feito o que são e os tem firmado como obreiros missionários diligentes, decididos no mundo.
Preciosa é a verdade para este tempo; mas aqueles cujo coração não foi quebrantado mediante o cair sobre a rocha Cristo Jesus, não verão nem compreenderão o que é a verdade. Aceitarão o que lhes agrada às idéias, e começarão a manufaturar outro fundamento que não seja aquele que foi posto. Lisonjearão sua própria vaidade e estima, pensando que são capazes de remover as colunas de nossa fé, e substituindo-as por outras de sua própria invenção (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 388, 389).

Quarta, 12 de dezembro: Estudo da Bíblia e comunhão

Lede as advertências tão abundantemente dadas na Palavra de Deus com relação aos falsos profetas que se introduzirão com suas heresias e, se possível, enganarão os próprios escolhidos. Com essas advertências, por que não distingue a igreja o falso do genuíno? Aqueles que, de alguma maneira, foram assim extraviados, necessitam humilhar-se diante de Deus, e arrepender-se sinceramente, por haverem sido tão facilmente transviados. Não distinguiram a voz do Pastor Verdadeiro da do estranho. Recapitulem todas essas pessoas esse capítulo de sua experiência religiosa.
Por mais de meio século tem Deus dado a Seu povo iluminação mediante os testemunhos de Seu Espírito. Depois de todo esse tempo foi deixado a uns poucos homens e suas mulheres desiludir a igreja toda de crentes, declarando que a Sra. White é uma impostora e uma enganadora? "Pelos seus frutos os conhecereis." Mat. 7:20.
Aqueles que podem passar por alto todas as provas que Deus lhes tem dado, e mudar a bênção em maldição, devem tremer pela segurança de sua alma. Seu castiçal será removido do lugar a menos que se arrependam. O Senhor tem sido insultado. A bandeira da verdade, da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas, foi deixada arrastar no pó. Se os vigias são deixados a desencaminhar o povo dessa maneira, Deus tornará algumas almas responsáveis pela falta de agudo discernimento para descobrir que espécie de provisões foram dadas a Seu rebanho.
Têm ocorrido apostasias e o Senhor tem permitido que questões dessa natureza se desenvolvessem no passado a fim de mostrar quão facilmente Seu povo será desviado se confiarem nas palavras de homens em vez de examinarem por si mesmos as Escrituras, como fizeram os nobres bereanos, para ver se estas coisas são assim. E o Senhor tem permitido coisas dessa espécie ocorrerem para que sejam dadas advertências de que elas terão lugar (Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 393, 394).

Que outro livro ensinará os homens a amar, temer e obedecer a Deus como a Bíblia? Que outro livro apresenta aos estudantes ciência mais enobrecedora, história mais maravilhosa? Claramente retrata a justiça e vaticina a consequência da deslealdade à lei de Jeová. Ninguém é deixado em trevas quanto ao que Deus aprova ou desaprova. Estudando as Escrituras travamos conhecimento com Deus e somos levados a compreender nossa relação com Cristo, o qual é o portador dos pecados, o penhor, o substituto de nossa raça caída. Estas verdades dizem respeito a nossos interesses presentes e eternos. A Bíblia supera todos os livros e seu estudo é mais valioso do que o estudo de qualquer outra literatura para dar vigor e expansão à mente. Paulo declara: "Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." II Tim. 2:15. "Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para o ensinar, para a redarguir, para a corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra" (II Tim. 3:14-17; Fundamentos da Educação Cristã, p. 394).

A Bíblia é o guia, e deve ser examinada diligentemente - não como leríamos um livro entre muitos outros. Ela deve ser para nós o Livro que satisfaz as necessidades da vida. Esse Livro tornará o homem, que o estuda e lhe obedece, sábio para a salvação. Como o alimento só pode nutrir o corpo se for comido e digerido, assim a Palavra do Deus vivo só é proveitosa para a pessoa se for recebida como o mestre em assuntos educacionais mais elevados, por estar acima de todas as produções humanas; e somente se os seus princípios forem obedecidos porque ela é a sabedoria de Deus (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 129).

Quinta, 13 de dezembro: O partir do pão e as orações

Quando Jesus Se preparava para alguma grande prova ou para alguma obra importante, afastava-Se para a solidão dos montes, e passava a noite orando a Seu Pai. Uma noite de oração precedeu a consagração dos apóstolos e o sermão da montanha, a transfiguração, a agonia da sala do juízo e da cruz, e a glória da ressurreição.
Nós também temos de ter um tempo para a meditação e oração, e para receber conforto espiritual. Não apreciamos como devíamos o poder e eficácia da oração. A oração e a fé farão o que nenhum poder da Terra conseguirá realizar. Raramente somos colocados duas vezes nas mesmas circunstâncias sob todos os pontos de vista. Experimentamos continuamente novas cenas e novas provas, onde a experiência passada não pode ser um guia suficiente. Temos de ter a luz perene que vem de Deus (A Ciência do Bom Viver, p. 509).

Se conhecemos a Deus, e a Jesus Cristo a quem Ele enviou, indescritível alegria nos virá à alma. Oh, como necessitamos da presença divina! Para o batismo do Espírito Santo cada obreiro deve estar murmurando sua oração a Deus. Grupos devem reunir-se para pedir a Deus auxílio especial, sabedoria celestial, para que o povo de Deus saiba como planejar, orientar e executar a obra.
Especialmente devem os homens orar para que o Senhor escolha Seus instrumentos, e batize Seus missionários com o Espírito Santo. Durante dez dias oraram os discípulos antes de vir a bênção pentecostal. Foi necessário todo este tempo para levá-los à compreensão do que significava oferecer oração eficaz, aproximando-se cada vez mais de Deus, confessando os pecados, humilhando o coração diante de Deus, e pela fé contemplando a Jesus e se transformando à Sua imagem. Ao vir a bênção, encheu todo o lugar onde estavam reunidos e, dotados de poder saíram para fazer trabalho eficiente pelo Mestre (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 169, 170).

Em visões da noite, passaram perante mim representações de um grande movimento de reforma entre o povo de Deus. Muitos estavam louvando a Deus. Os enfermos eram curados e outros milagres eram realizados. Viu-se um espírito de intercessão tal como se manifestou antes do grande dia de Pentecostes. Viam-se centenas e milhares visitando famílias e abrindo perante elas a Palavra de Deus. Os corações eram convencidos pelo poder do Espírito Santo, e manifestava-se um espírito de genuína conversão. Portas se abriam por toda parte para a proclamação da verdade. O mundo parecia iluminado pela influência celestial. Grandes bênçãos eram recebidas pelo fiel e humilde povo de Deus. Ouvi vozes de ações de graças e louvor, e parecia haver uma reforma como a que testemunhamos em 1844 (Testemunhos para a Igreja, v. 9, p. 126).

Sexta, 14 de dezembro: Estudo adicional

Para Conhecê-Lo, "Lançando Fora Todo Ídolo", p. 319.


Se preferir, baixe este estudo em PDF: 4º Trimestre 2018 - Lição 11 - Comentários de Ellen White Sobre a Lição da Escola Sabatina

Os trechos em destaque foram extraídos dos originais, mas estão ausentes na compilação do comentário.

sábado, 1 de dezembro de 2018

4º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 10 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 "Se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do Seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela Sua vida" (Rm 5:10).

Sábado à tarde, 1º de dezembro

A Jesus, que Se esvaziou a Si mesmo para a salvação da humanidade perdida, o Espírito Santo foi dado sem medida. Assim será Ele dado a todo seguidor de Cristo, quando todo o coração for entregue para Sua habitação. Nosso Salvador mesmo deu o mandamento: "Enchei-vos do Espírito" (Efés. 5:18), e essa ordem é também uma promessa de seu cumprimento. Foi do agrado do Pai que "toda a plenitude nEle habitasse" (Col. 1:19), em Cristo; e "estais perfeitos nEle" (Col. 2:10; O Maior Discurso de Cristo, p. 21).

A vida do Salvador na Terra, embora vivida em meio a conflitos, foi uma vida de paz. Embora irados inimigos estivessem constantemente em seu encalço, Ele disse: "E Aquele que Me enviou está comigo, não Me deixou só, porque Eu faço sempre o que Lhe agrada." João 8:29. Nenhuma tempestade de ira satânica podia perturbar a calma dessa perfeita comunhão com Deus. E Ele diz também a nós: "A Minha paz vos dou".
Os que tomam a Cristo pela palavra, e entregam o coração aos Seus cuidados, e sua vida à Sua orientação, encontrarão paz e quietude. Nada no mundo pode entristecê-los quando Jesus os torna felizes por Sua presença. Na perfeita submissão há perfeita confiança. O Senhor diz: "Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em Ti" (Isa. 26:3; Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 270).

A religião de Jesus Cristo significa progresso; significa estar sempre avançando para cima, para uma norma de maior santidade e elevação. O cristão cujo coração foi tocado pela beleza do caráter de Cristo, deve pôr em prática aquilo que aprendeu na escola de Cristo. Cumpre-nos ser alunos aptos na escola de Cristo, aprendendo prontamente o que Ele nos ensina dia a dia.
Nunca poderemos atingir à perfeição de caráter, caso não ouçamos a voz de Deus e Lhe obedeçamos ao conselho. Estas instruções não se aplicam apenas aos que não têm tido provações a enfrentar no sentido de produzir desgostos para com seus irmãos, mas aos que têm sido ofendidos, que têm sofrido injustiças monetárias, reprovações e críticas, mal-entendidos e juízos errôneos. Estes não devem permitir que lhes entre ódio no coração ou que se levantem sentimentos amargos ao olharem para as pessoas que os ofenderam (Filhos e Filhas de Deus [MM 1956], p. 90). 

É de suma importância que os jovens compreendam que o povo de Cristo deve ser unido; pois esta unidade prende os homens a Deus pelos áureos laços do amor, e impõe a cada um a obrigação de trabalhar pelos semelhantes. O Capitão de nossa salvação morreu pela humanidade para que os homens pudessem estar unidos com Ele e uns com os outros. Como membros da família humana, somos partes individuais de um grande todo. Ninguém pode tornar-se independente dos outros. Não deve haver disputas partidárias na família de Deus, pois o bem-estar de cada um é a felicidade de todos. Não deve ser construída nenhuma parede separatória entre o homem e seu próximo. Cristo, como o grande centro, precisa unir a todos em um só (Fundamentos da Educação Cristã, p. 479).

Domingo, 2 de dezembro: Amizade restaurada

Marcos... propôs a Paulo e Barnabé acompanhá-los em sua viagem missionária. Ele sentia o favor de Deus em seu coração, e almejava devotar-se inteiramente à obra do ministério evangélico. ...
Seu caminho era penoso; encontraram dificuldades e privações, e estavam cercados de perigos por todos os lados. ... Mas Paulo e Barnabé tinham aprendido a confiar no poder libertador de Deus. O coração deles estava cheio de fervente amor pelas almas a perecer. Como fiéis pastores na busca da ovelha perdida, não abrigavam o pensamento de facilidades ou conveniências próprias. Esquecidos de si mesmos, não fraquejavam quando cansados, famintos ou com frio. Eles tinham em vista um único objetivo - a salvação dos que vagueavam distantes do redil. ...
Marcos, dominado por temor e desânimo, hesitou por um momento em seu propósito de consagrar-se de todo o coração à obra do Senhor. Pouco habituado a sacrifícios, desanimaram-no os perigos e privações do caminho. ... Devia aprender ainda a enfrentar valorosamente os perigos, perseguições e adversidades. À medida que os apóstolos avançavam, encontrando dificuldades cada vez maiores, Marcos intimidou-se, e perdendo todo o ânimo, recusou-se a prosseguir, retornando a Jerusalém (Vidas que Falam [MM 1971], p. 352).

Entre os assistentes de Paulo em Roma, havia muitos de seus anteriores companheiros e coobreiros. [...] Demas e Marcos também estavam com ele [...]
Desde os primeiros anos de sua profissão de fé, a experiência cristã de Marcos tinha-se aprofundado. Ao estudar mais acuradamente a vida e a morte de Cristo, tinha ele obtido mais clara visão da missão do Salvador, Suas provas e conflitos. Lendo nas cicatrizes das mãos e pés de Cristo as marcas de Seu serviço pela humanidade, e até aonde leva a abnegação para salvar os perdidos e prestes a perecer, Marcos se dispusera a seguir o Mestre na senda do sacrifício. Agora, partilhando a sorte de Paulo, o prisioneiro, ele compreendeu melhor que nunca, que é infinito ganho ganhar a Cristo, e infinita perda ganhar o mundo e perder a alma por cuja redenção foi o sangue de Cristo derramado. Em face de severa adversidade e prova, Marcos continuou firme, um sábio e amado auxiliar do apóstolo (Atos dos Apóstolos, p. 454, 455).

Se vossos irmãos erram, deveis perdoar-lhes. Quando vos procuram com confissão, não deveis dizer:
Não creio que são bastante humildes. Não creio que sintam a confissão. [...]
Nós mesmos devemos tudo à livre graça de Deus. A graça do concerto é que prescreveu nossa adoção. A graça do Salvador efetua nossa redenção, regeneração e exaltação a coerdeiros de Cristo. Que esta graça seja revelada a outros. [...]
Nada pode justificar o espírito irreconciliável. Aquele que não é misericordioso para com os outros, mostra não ser participante da graça perdoadora de Deus. No perdão de Deus, o coração do perdido é atraído ao grande coração do Infinito Amor. A torrente da compaixão divina derrama-se no espírito do pecador e, dele, na de outros. A benignidade e misericórdia que em Sua própria vida preciosa Cristo revelou, serão vistas também naqueles que se tornam participantes de Sua graça (Parábolas de Jesus, p. 249-251).

Segunda, 3 de dezembro: De escravo a filho

Onésimo, escravo pagão que havia lesado a seu senhor, Filemom, crente cristão de Colosso, e havia escapado para Roma. Na bondade de seu coração, Paulo procurou aliviar a pobreza e angústia do desventurado fugitivo, e em seguida procurou derramar a luz da verdade em sua mente obscurecida. Onésimo ouviu as palavras da vida, confessou seus pecados e foi convertido à fé em Cristo. ... Paulo... aconselhou-o a retornar sem delonga a Filemom, suplicar-lhe perdão, e fazer planos para o futuro. [...]
Não era obra do apóstolo subverter arbitrária ou subitamente a ordem estabelecida da sociedade. Tentar isto seria impedir o sucesso do evangelho. Mas ele ensinava os princípios que atingiam o próprio fundamento da escravatura, os quais, se postos em execução, minariam seguramente todo o sistema. ... Quando convertido, o escravo tornava-se membro do corpo de Cristo, e como tal, devia ser amado e tratado como irmão, coerdeiro com seu senhor das bênçãos de Deus e dos privilégios do evangelho (Vidas que Falam [MM 1971], p. 353). 

Paulo se propôs voluntariamente assumir o débito de Onésimo para que ao criminoso fosse poupado o sofrimento da punição, e pudesse ele de novo se regozijar nos privilégios que tinha rejeitado. [...]
Quão apropriadamente isto ilustra o amor de Cristo pelo pecador arrependido! O servo que defraudara a seu senhor não tinha com que fazer a restituição. O pecador que tem roubado a Deus de anos de serviço não tem meios de cancelar o débito. Jesus Se interpõe entre o pecador e Deus, dizendo: Eu pagarei o débito. Poupa o pecador; Eu sofrerei em seu lugar (Atos dos Apóstolos, p. 458).

Nossas relações de uns com os outros devem ser agradáveis. Quando fazemos o que é direito, o testemunho de nosso próprio espírito e o do Espírito de Deus testificam de que a mente humana se acha sob o controle da mente divina. ... "Amados, se o nosso coração nos não condena, temos confiança para com Deus." I João 3:21. Sua Palavra proporciona provas das quais podemos tirar a conclusão de que somos na verdade Seus filhos e filhas (Filhos e Filhas de Deus [MM 1956/2005], p. 193). 

Possuir a verdadeira piedade quer dizer amarmos uns aos outros, ajudarmo-nos mutuamente, tornar aparente em nossa vida a religião de Jesus. Devemos ser consagrados condutos pelos quais o amor de Cristo flua aos que carecem de auxílio. ... Aquele que mais se aproxima da obediência à lei divina, será de maior préstimo a Deus. Aquele que segue a Cristo, estendendo a mão para alcançar Sua bondade, Sua compaixão, Seu amor à família humana, esse será aceito por Deus como cooperador Seu. Esse não se satisfará com permanecer num baixo nível de espiritualidade. Constantemente alcançará maiores alturas. ...
Quando os filhos de Deus se possuírem de mansidão e ternura uns pelos outros, compreenderão que Seu estandarte sobre eles é o amor, e Seu fruto lhes será doce ao paladar. Começar-lhes-á o Céu, na Terra. Farão para si um Céu cá em baixo, para nele se prepararem para o Céu acima (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 295).  

Terça, 4 de dezembro: Dons espirituais para a unidade

São necessárias, na fraternidade humana, todas as espécies de talentos para formar um todo perfeito; e a igreja de Cristo é composta de homens e mulheres de talentos vários, e de todas as categorias e classes. Nunca foi desígnio de Deus que o orgulho humano houvesse de desfazer aquilo que foi ordenado por Sua própria sabedoria - a combinação de toda sorte de espíritos, de todos os vários talentos que compõem um todo completo. Não deve haver depreciação de parte alguma da grande obra de Deus, sejam os instrumentos elevados ou humildes. Todos têm sua parte na difusão da luz, em proporções diversas (Obreiros Evangélicos, p. 331).

No plano de Deus, os seres humanos foram feitos de tal modo que um necessita do outro. A cada um Deus confiou talentos, para serem usados em ajudar outros a andarem no caminho da justiça. É pelo desinteressado serviço em favor de outros que nós nos aperfeiçoamos e aumentamos nossos talentos.
Como as diferentes partes de uma máquina, todos somos intimamente relacionados uns com os outros, e todos são dependentes de um grande Centro. Deve haver unidade na diversidade. Nenhum sócio da firma do Senhor pode trabalhar com êxito, se agir independentemente. Cada um deve trabalhar sob a supervisão de Deus; todos devem usar em Seu serviço as aptidões que lhes foram confiadas, para que cada um possa ajudar no aperfeiçoamento do todo (Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 295). 

Quão grande a diversidade manifesta no mundo natural! Todo objeto tem sua esfera peculiar de ação; todavia todos se verificam estar ligados uns aos outros no grande todo. Cristo Jesus está em união com o Pai, e do grande centro se deve estender esta maravilhosa unidade... por todas as classes e variedades de talentos. Devemos todos respeitar os talentos uns dos outros; devemos harmonizar-nos em bondade, em pensamentos e atos de abnegação, porque o Espírito de Cristo, como o agente vivo e ativo, circula pelo todo. ... Não são ações notáveis que produzem a unidade; é o molde do Espírito Santo sobre o caráter (Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 165).

A união cristã é poderosa agência. Diz, de maneira impressionante, que os que a possuem são filhos de Deus. Tem uma influência irresistível sobre o mundo, mostrando que o homem, na sua humanidade, pode ser participante da natureza divina, havendo escapado da corrupção que pela concupiscência há no mundo. Devemos ser um com o próximo e com Cristo, e em Cristo um com Deus. Então de nós poderão dizer as palavras: "E estais perfeitos nEle." Col. 2:10. [...]
Deus chama os membros de Sua igreja para receberem o Espírito Santo, para se unirem em amor fraternal, para ligarem em amor os seus interesses. 
Nada enfraquece tão evidentemente uma igreja como a desunião e a contenda. Coisa alguma combate mais contra Cristo e a verdade do que este espírito. 
Aquele em cujo coração Cristo habita também reconhece Cristo habitando no coração de seu irmão. Cristo nunca luta contra Cristo. Cristo nunca exerce qualquer influência contra Cristo. Os cristãos devem fazer sua obra, seja qual for, na unidade do Espírito para o aperfeiçoamento do corpo todo (Minha Consagração Hoje [MM 1953/1989], p. 259).

Quarta, 5 de dezembro: Perdão

Como Cristo, perdoaremos a nossos inimigos, e buscaremos ocasiões de mostrar aos que nos magoaram que os amamos e, se nos fosse possível, lhes faríamos bem. ... Se os que nos ofenderam continuam em sua atitude de fazer mal... devemos fazer esforços para nos reconciliarmos com os irmãos, seguindo o plano bíblico, assim como Cristo mesmo nos ensinou. Uma vez que os irmãos se recusem a reconciliar-se, não faleis deles então, nem lhes prejudiqueis a influência, mas deixai-os nas mãos de um justo Deus, que a todos julga retamente. ... Os jovens podem professar grande amor à causa de Deus; mas enquanto não se reconciliam com os seus companheiros, não estão reconciliados com Deus. São esses... sentimentos egoístas que se nutrem, que excluem a bênção de Deus de nosso coração, de nosso lar. Flua o amor de Cristo no coração e transforme o caráter, do contrário não seremos filhos de Deus (Filhos e Filhas de Deus [MM 1956], p. 90). 

Toda criatura humana é objeto de amoroso interesse por parte dAquele que deu a vida a fim de reconduzir os homens a Deus. Almas culpadas e impotentes, sujeitas a ser destruídas pelos ardis e artes de Satanás, são cuidadas como a ovelha do rebanho o é pelo pastor.
O exemplo do Salvador deve ser a norma de nosso serviço pelo tentado e o errante. O mesmo interesse e ternura e longanimidade que Ele tem manifestado para conosco, nos cumpre mostrar para com os outros. "Como Eu vos amei a vós", diz Ele, "que também vós uns aos outros vos ameis". João 13:34. Se Cristo habita em nós, manifestaremos Seu abnegado amor para com todos com quem temos de tratar. Ao vermos homens e mulheres necessitados de simpatia e auxílio, não devemos indagar: "São eles dignos?", mas: "Como os poderei beneficiar?" (A Ciência do Bom Viver, p. 162)

Quantas vezes achamos que fomos tratados injustamente, que disseram falsidades a nosso respeito, e que fomos colocados numa falsa luz diante dos outros! Quando assim somos provados, precisamos de guardar estritamente nosso espírito e nossas palavras. Precisamos ter o amor de Cristo, a fim de não nutrirmos um espírito irreconciliável. Não sintamos que, se os que nos ofenderam não confessarem seus erros, estamos justificados em lhes negar o perdão. Não devemos acumular nossas ofensas, conservando-as no coração até que a pessoa que julgamos culpada se haja humilhado pelo arrependimento e a confissão. ... Por mais dolorosamente que nos hajam ofendido, não devemos acariciar esses agravos e compadecer-nos de nós mesmos por causa das ofensas sofridas mas, como esperamos ser perdoados pelas ofensas que cometemos contra Deus, assim precisamos perdoar os que nos fizeram mal. [...] Quando tentados a proceder assim, enviai a Deus uma oração silenciosa, para que vos dê Sua graça e mantenha silenciosa a língua (Filhos e Filhas de Deus [MM 1956], p. 144).

Quinta, 6 de dezembro: Restauração e unidade

Nosso Senhor ensina que dificuldades entre cristãos devem ser resolvidas dentro da igreja. Não devem ser declaradas aos que não temem a Deus. Se um cristão for ofendido por seu irmão, não deve ir a um tribunal apelar a incrédulos. Siga a instrução dada por Cristo. Em vez de procurar vindicar-se, procure salvar o irmão. Deus protegerá os interesses dos que O temem e amam; e podemos entregar com toda a confiança nosso caso Àquele que julga justamente.
Muitíssimas vezes, quando se perpetram injustiças repetidamente, e o delinquente confessa sua culpa, o ofendido se cansa e pensa que o perdão foi genuíno. Mas o Salvador disse claramente como devemos tratar os relapsos: "Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; e, se ele se arrepender, perdoa-lhe" (Luc. 17:3; Parábolas de Jesus, p. 248, 249).

Irmã F, se você se sente ofendida por que seu semelhante ou amigo está agindo erradamente [...] e foi surpreendido nalguma falta, siga a regra bíblica. [...] Quando você se achega a alguém que supõe estar em erro, fale-lhe num espírito manso e quieto; [...] Os que erram não podem ser restaurados senão com um espírito de mansidão, bondade e terno amor. Seja cuidadosa. Evite qualquer coisa que passe a ideia de orgulho ou autossuficiência seja por olhar, gesto, palavra ou entonação da voz. Guarde-se contra uma palavra ou olhar que exalte a si mesma, ou coloque sua bondade e justiça em contraste com suas fraquezas. [...] Acima de tudo, que não haja sombra de ódio ou má vontade, nenhuma amargura ou acidez na expressão. Nada senão bondade e cortesia podem fluir de um coração que ama. [...] Tenha em mente que o sucesso da repreensão depende grandemente do espírito com que é dada. Não negligencie a oração fervorosa a fim de que você possa ser humilde, e que os anjos de Deus possam ir adiante de você, trabalhando no coração daqueles a quem busca alcançar, suavizando-o mediante celestiais impressões para que seus esforços sejam proveitosos. Se algum bem for conseguido, não tome o crédito para si mesma. Somente Deus deve ser exaltado. Foi Ele quem fez tudo (Testemunhos para a Igreja, v. 2, p. 52, 53). 

Todo coração renovado pelo Espírito de Deus não somente amaria a Deus mas amaria também a seu irmão, e se esse irmão cometeu faltas, e se errou, deve-se lidar com ele segundo o plano evangélico. Todo passo deve ser dado de acordo com as instruções apresentadas na Palavra de Deus. Vós, que sois espirituais, corrigi-o, com o espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado (Gál. 6:1). [...]
Sede cuidadosos quanto à maneira como tratais a aquisição do sangue de Cristo. Haverá necessidade de clara e fiel reprovação de más obras, mas saiba aquele que empreende essa obra não estar ele mesmo separado de Cristo por más obras. Deve ser espiritual e restaurar tal indivíduo com o espírito de mansidão (Este Dia com Deus [MM 1980], p. 161).

Sexta, 7 de dezembro: Estudo adicional

Obreiros Evangélicos, "Deus Não Faz Acepção de Pessoas", p. 330.
Atos dos Apóstolos, "Em Roma", p. 456-460.


Se preferir, baixe este estudo em PDF: 4º Trimestre 2018 - Lição 10 - Comentários de Ellen White Sobre a Lição da Escola Sabatina

Os trechos em destaque foram extraídos dos originais, mas estão ausentes na compilação do comentário.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

4º TRIMESTRE 2018 - LIÇÃO 9 - COMENTÁRIOS DE ELLEN WHITE SOBRE A LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA


Verso para Memorizar:
 "Ora, ele não disse isso de si mesmo; mas, sendo sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus estava para morrer pela nação e não somente pela nação, mas também para reunir em um só corpo os filhos de Deus, que andam dispersos" (Jo 11:51, 52).

Sábado à tarde, 24 de novembro

O amor santificado é expansível, recusando-se a ser limitado pelo lar ou a igreja. Ele procura salvar as almas que estão a perecer. Cada coração que haja sentido o amor de um Salvador que perdoa o pecado encontra-se aliado a todos os outros corações cristãos. Os verdadeiros crentes unir-se-ão uns aos outros no trabalho pelas almas prestes a perecer. Não gastem os nossos pastores tempo e energia no trabalho pelos que conhecem a verdade. Em vez disto procurem os que estão fora do aprisco, devendo estimular-se uns aos outros a fervorosa ação em bem definidos e santificados esforços para salvar as pobres almas que estão perecendo em seus pecados.
Quando nossas igrejas cumprirem o dever que sobre elas impende, serão instrumentos vivos, operantes, em favor do Mestre. A manifestação de amor cristão encherá a alma com um fervor mais profundo, mais intenso, no trabalho por Aquele que deu Sua vida para salvar o mundo. Ao ser bons e fazer o bem, os seguidores de Cristo expulsam da alma o egoísmo. A eles parece pouco o maior sacrifício que tiverem de fazer. Eles veem uma grande vinha que deve ser trabalhada, e compreendem que devem estar preparados pela divina graça para trabalhar pacientemente, fervorosamente, a tempo e fora de tempo, numa esfera que não conhece limites. Obtêm vitória após vitória, crescendo em experiência e eficiência, estendendo por todos os lados os seus ferventes esforços para conquistar almas para Cristo. Utilizam com o maior proveito sua crescente experiência; eles têm o coração abrandado pelo amor de Cristo (Medicina e Salvação, p. 316, 317).

Exaltada é nossa profissão de fé. Como adventistas observadores do sábado, professamos obedecer a todos os mandamentos de Deus, e aguardar a vinda de nosso Redentor. Soleníssima mensagem de advertência foi confiada aos poucos fiéis de Deus. Por nossas palavras e atos devemos mostrar que reconhecemos a grande responsabilidade que foi posta sobre nós. Tão brilhante deve resplandecer nossa luz, que outros possam ver que glorificamos ao Pai em nossa vida diária; que estamos ligados com o Céu, e somos coherdeiros de Jesus Cristo, para que ao aparecer Ele em poder e grande glória sejamos semelhantes a Ele. 
Devemos todos sentir nossa responsabilidade individual como membros da igreja visível e obreiros na vinha do Senhor. Não devemos esperar que nossos irmãos, tão frágeis como nós mesmos, nos ajudem pelo caminho; pois nosso precioso Salvador convidou-nos a juntar-nos a Ele, e unir nossa fraqueza a Sua força, nossa ignorância a Sua sabedoria, nossa indignidade a Seus méritos. Nenhum de nós pode ocupar uma posição neutra; nossa influência se exercerá pró ou contra. Somos agentes ativos de Cristo, ou do inimigo. Ou ajuntamos com Cristo, ou espalhamos. A verdadeira conversão é uma mudança radical. A própria inclinação da mente ou a tendência do coração deve ser desviada, tornando-se a vida nova outra vez em Cristo.
Deus está conduzindo um povo para ficar em perfeita unidade sobre a plataforma da verdade eterna (Testemunhos para a Igreja, v. 4, p. 16, 17).

Domingo, 25 de novembro: Sob a cruz de Jesus

"Nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação. Ora, ele não disse isto de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação. E não somente pela nação, mas também para reunir em um só corpo os filhos de Deus que andavam dispersos" (Jo 11:50-52). Essas palavras foram proferidas por alguém que não sabia seu significado.
Ele havia perdido o senso da santidade dos sacrifícios e ofertas. Mas suas palavras queriam dizer mais do que ele ou os que estavam associados a ele sabiam. Por meio delas, ele deu testemunho de que havia chegado o momento de o sacerdócio araônico cessar para sempre. Ele estava condenando Alguém que havia sido prefigurado em todo sacrifício feito, mas Alguém cuja morte poria fim à necessidade de tipos e sombras. Sem o saber, ele declarava que Cristo estava prestes a cumprir aquilo para o qual havia sido instituído o sistema de sacrifícios e ofertas (Review and Herald, 12/6/1900; Comentários de Ellen G. White, no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 1.270, 1.271).

Não basta crer no que se diz acerca de Cristo; devemos crer nEle. A única fé que nos beneficiará, é a que O abraça como Salvador pessoal; que se apropria de Seus méritos. Muitos têm a fé como uma opinião. A fé salvadora é um ajuste pelo qual aqueles que recebem a Cristo se unem a Deus em concerto. Fé genuína é vida. Uma fé viva significa acréscimo de vigor, segura confiança pela qual a alma se torna uma força vitoriosa (A Maravilhosa Graça de Deus [MM 1974], p. 138).

Na submissão de Cristo ao rito do batismo, Ele mostra ao pecador um dos importantes passos na verdadeira conversão. Cristo não tinha pecados de que precisasse ser lavado e purificado; mas, ao consentir em tornar-Se o substituto do homem, foram-Lhe atribuídos os pecados do homem culpado. ... Aceitando a Cristo como substituto do pecador, Deus dá ao pecador, com a ajuda do divino poder de Cristo, a oportunidade de resistir à prova que Adão não conseguiu suportar.
Cristo foi ter com João, arrependendo-Se por causa do pecador e crendo para o bem dele, a fim de que, por meio do plano que Ele havia elaborado, de assumir a natureza humana e sofrer e morrer pelo homem, o pecador, mediante arrependimento, fé e batismo, fosse aceito por Deus. Ele foi sepultado por João na sepultura líquida, e veio à tona e saiu da água, para apresentar ao homem, em Sua vida santa, o verdadeiro modelo a ser seguido.
Os passos na conversão, claramente demarcados, são o arrependimento, a fé em Cristo como o Redentor do mundo, a fé em Sua morte, sepultamento e ressurreição, evidenciados pelo batismo, e em Sua ascensão ao Céu, para interceder pelo pecador. Logo no começo de Seu ministério público, Ele Se apresenta no caráter que mantém para o homem durante toda a Sua obra mediadora. Ele Se identifica com os pecadores como seu substituto, tomando sobre Si os pecados deles, contando-Se com os transgressores e fazendo a obra que se requer do pecador em arrependimento, fé e obediência voluntária. Que exemplo é dado aí na vida de Cristo para ser imitado pelos pecadores! Se não seguirem o exemplo que lhes é dado, eles ficarão sem desculpa.
Queridas crianças e jovens, vosso Pai celestial e o querido Salvador são os vossos melhores amigos. Tendes toda a evidência de que vos é possível ter o Seu amor por vós. "Aquele que nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes, O entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?" Rom. 8:32.
Deus não reterá de nós coisa alguma que realmente seja para o nosso bem. Jesus quer que sejamos felizes neste mundo e que desfrutemos com Ele a glória do mundo por vir. Deus tem feito convites às crianças e jovens para que se entreguem a Ele. "Dá-Me, filho Meu, o teu coração." Prov. 23:26. É feita a promessa: "Os que de madrugada Me buscam Me acharão." Prov. 8:17. 
Todos os que vivem têm pecados de que precisam ser lavados. ... Genuíno arrependimento do pecado, fé nos méritos de Jesus Cristo e o batismo na Sua morte, a fim de ressurgir da água para viver uma nova vida, são os primeiros passos no novo nascimento que Cristo disse que Nicodemos precisava experimentar para ser salvo. As palavras de Cristo a Nicodemos não foram proferidas só para ele, mas a cada homem, mulher e criança que vivessem no mundo. ... Estamos seguros ao seguir o exemplo de Cristo (Exaltai-O [MM 1992], p. 81). 

A graça de Deus vem à alma pelo conduto da fé viva, e está ao nosso alcance exercitar semelhante fé.
A verdadeira fé apreende e suplica a bênção prometida, antes que esta se realize e a experimentemos. Devemos, pela fé, enviar nossas petições para dentro do segundo véu, e fazer com que nossa fé se apodere da bênção prometida e a invoque como sendo nossa. Devemos então crer que recebemos a bênção, porque nossa fé se apoderou dela, e segundo a Palavra, é nossa. "Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis." Mar. 11:24. Isto é fé, e fé pura; o crer que recebemos a bênção, mesmo antes que a vejamos (Primeiros Escritos, p. 72).

Segunda, 26 de novembro: Ministério da reconciliação

O tempo em que vivemos é de intensa agitação. Ambição e guerra, prazer e ganho de dinheiro, absorvem o interesse das pessoas. Satanás sabe que seu tempo é curto e tem posto todos os seus agentes no trabalho, de modo que os homens sejam enganados, iludidos, ocupados e arrebatados, até que o tempo de graça expire e a porta da misericórdia se encerre para sempre. É nosso trabalho levar ao mundo inteiro — a cada nação, tribo, língua e povo — as salvadoras verdades da mensagem do terceiro anjo. Tem sido um problema difícil saber como alcançar o povo nos centros densamente populosos. Não temos permissão de entrar nas igrejas. Nas cidades, os salões grandes são caros e, em muitos casos, apenas poucas pessoas vão aos melhores salões. Os que não nos conhecem falam mal de nós. As razões de nossa fé não são compreendidas pelo povo, e temos sido considerados como fanáticos, como quem ignorantemente guarda o sábado em lugar do domingo. Temo-nos achado perplexos em nossa obra, por não saber como romper as barreiras do mundanismo e dos preconceitos, apresentando ao povo a preciosa verdade que tanta significação encerra para eles. O Senhor nos tem indicado que as reuniões campais são um dos mais importantes instrumentos na realização dessa obra (Testemunhos para a Igreja, v. 6, p. 31).

Temos necessidade de iluminação divina. Todo indivíduo está procurando tornar-se um centro de influência, e enquanto Deus não trabalhar por Seu povo, eles não verão que a subordinação a Deus é a única segurança para toda alma. Sua graça transformadora em corações humanos conduzirá a uma unidade que ainda não foi compreendida, pois todos os que são assemelhados a Cristo estarão em harmonia uns com os outros. O Espírito Santo produzirá unidade. [...]
Ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, ... reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz." Efés. 2:14-16.
Cristo é o elo de ligação na áurea corrente que vincula os crentes em Deus. Não deve haver separações neste grande tempo de prova. Os componentes do povo de Deus são "concidadãos dos santos, e... da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor". Efés. 2:19-21. Os filhos de Deus constituem um conjunto unido em Cristo, o qual apresenta Sua cruz como o centro de atração. Todos os que creem são um nEle (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 20, 21).

Insisto com o nosso povo para que cesse seu criticismo e maledicência, e se dirija a Deus em fervorosa oração, pedindo-Lhe que ajude os transviados. Que se unam uns aos outros, e também com Cristo. Estudem o capítulo dezessete de João e aprendam como orar e viver a oração de Cristo. Ele é o Consolador, e habitará em seus corações tornando a sua alegria completa. Suas palavras lhes serão como o Pão da Vida, e na força assim obtida serão habilitados a desenvolver caráter que será uma honra para Deus. Existirá entre eles perfeita comunhão cristã. Em sua vida serão vistos os frutos que sempre aparecem como resultado de obediência à verdade. [...]
Que se fale menos em pequenas diferenças, e se estude mais diligentemente o que a oração de Cristo significa para os que creem em Seu nome. Devemos orar para que haja união, e então viver de tal modo que Deus possa atender nossas orações.
Perfeita unidade - uma união tão íntima como a que existe entre o Pai e o Filho - isto é que coroará de êxito os esforços dos obreiros de Deus. 
Completa união com Cristo e uns com os outros é absolutamente necessária à perfeição dos crentes. A presença de Cristo pela fé no coração dos crentes, se constitui seu poder, sua vida. ... A união com Deus por meio de Cristo torna a igreja perfeita (Refletindo a Cristo [MM 1986], p. 192).  

Terça, 27 de novembro: Unidade prática

Amor às almas por que Cristo morreu, significa a crucifixão do próprio eu. Aquele que é filho de Deus deve, daí em diante, considerar-se um elo na cadeia baixada para salvar o mundo, um com Cristo em Seu plano de misericórdia, indo com Ele em busca dos perdidos para os salvar. O cristão deve sempre ter presente que se consagrou a Deus, e que seu caráter deve revelar Cristo perante o mundo. O espírito de sacrifício, a simpatia, o amor manifestados na vida de Cristo, devem reaparecer na existência do obreiro de Deus (O Desejado de Todas as Nações, p. 417).

Os que desejam ter a sabedoria que vem de Deus devem tornar-se néscios no pecaminoso conhecimento deste século, para serem sábios. Devem fechar os olhos, para não verem nem aprenderem o mal. Devem fechar os ouvidos, para que não ouçam o que é mau e não obtenham o conhecimento que lhes mancharia a pureza de pensamentos e de ação. E devem guardar a língua, para que não profira palavras corruptas e o engano se encontre em sua boca (O Lar Adventista, p. 404).

O poder de uma vida mais alta, mais pura e mais nobre é nossa grande necessidade. O mundo tem ocupado demais os nossos pensamentos, e o reino de Deus muito pouco.
Em Seus esforços para alcançar o ideal de Deus para si, o cristão não deve desesperar de coisa alguma. A perfeição moral e espiritual mediante a graça e o poder de Cristo é prometida a todos. Jesus é a fonte de poder, a origem da vida. Ele nos leva a Sua Palavra, e da árvore da vida nos apresenta as folhas para a saúde de almas enfermas de pecado. Ele nos leva ao trono de Deus, e põe em nossa boca uma oração pela qual somos levados a íntimo contato com Ele próprio. Em nosso benefício põe em operação os instrumentos todo-poderosos do Céu. Em cada passo tocamos Seu vivo poder.
Deus não fixa limite para o progresso dos que desejam ser "cheios do conhecimento da Sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual". Col. 1:9. Mediante a oração, a vigilância, através do crescimento no conhecimento e na compreensão, eles devem ser "corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da Sua glória". Col. 1:11. Assim são preparados para trabalhar por outros. É propósito do Salvador que os seres humanos, purificados e santificados, sejam Sua mão ajudadora (Atos dos Apóstolos, p. 478). 

Que a palavra da verdade seja proferida com o coração abrandado pela ternura. Os que se acham em erro sejam tratados com a benignidade de Cristo. Se aqueles por quem estão trabalhando não aceitam imediatamente a verdade, não devem ser censurados, nem criticados nem condenados. Lembrem-se de representar, em todo o tempo, a Cristo em Sua mansidão, benignidade e amor. [...]
Não vamos ficar magoados porque temos duras provas a sofrer, sérias lutas a suportar na apresentação de uma verdade impopular. Pensemos em Jesus e no que Ele sofreu por nós, e calemo-nos. Mesmo quando maltratados e falsamente acusados, não nos queixemos; não falemos palavras de murmuração; não demos lugar em nosso espírito a pensamentos de censura ou descontentamento. Prossigamos em linha reta, “tendo o vosso viver honesto entre os gentios, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem”. (1 Pedro 2:12; Testemunhos para a Igreja, v. 6, p. 120).

Quarta, 28 de novembro: Unidade em meio à diversidade

O Senhor não confiou a homens o encargo de relembrar as faltas e os erros dos vivos ou dos mortos. Ele quer que Seus obreiros apresentem a verdade para este tempo. Não faleis dos erros de vossos irmãos que estão vivos, e calai-vos no tocante às faltas dos mortos. Deixai que os seus erros e faltas permaneçam onde Deus os colocou - lançados nas profundezas do mar. Quanto menos os que professam crer na verdade presente disserem a respeito das faltas e erros dos servos de Deus no passado, tanto melhor será para sua própria alma e para a alma daqueles a quem Cristo adquiriu por Seu próprio sangue (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 346, 347).

No dom de Seu Filho para nossa redenção, Deus mostrou quão alto valor dá Ele a toda alma humana, e não dá direito a homem algum de falar desprezivelmente de outro. Veremos faltas e fraquezas nos que nos rodeiam, mas Deus reivindica toda alma como Sua propriedade - Sua pela criação, e duplamente Sua como comprada com o precioso sangue de Cristo. Todos foram criados à Sua imagem, e mesmo os mais degradados devem ser tratados com respeito e ternura. Deus nos considerará responsáveis mesmo por uma palavra proferida em desprezo a respeito de uma alma por quem Cristo depôs a vida (O Maior Discurso de Cristo, p. 56, 57).

São as pequenas coisas que testam o caráter. Deus Se alegra diante dos despretensiosos atos diários de abnegação feitos com mansidão e alegria. Não devemos viver para nós mesmos, mas para os outros. Devemos ser uma bênção mediante o esquecimento de nós mesmos e consideração pelos outros. Devemos cultivar amor, paciência e força moral (Testemunhos para a Igreja, v. 2, p. 647).

Aqueles que realmente amavam a verdade por amor da verdade deviam ter seguido sua conduta visando à glória de Deus e deixado que a luz da verdade brilhasse diante de todos. 
Sua ira [de Satanás] [...] e declararia guerra contra aqueles “que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus”. Apocalipse 12:17. Mas isso não deveria ter tornado impacientes ou desanimados os crentes fiéis. Estas coisas deviam ter [...] uma influência para tornar o crente verdadeiro mais cauteloso, vigilante e devoto — mais terno, compassivo e amando [...] Como Cristo suportou, e continua a suportar nossos erros, nossa ingratidão e nosso débil amor, assim devíamos suportar aqueles que provam nossa paciência. Serão os seguidores de Jesus, que negou a Si mesmo e Se sacrificou, tão diferentes de seu Senhor? Os cristãos devem ter coração bondoso e paciente (Testemunhos para a Igreja, v. 3, p. 110, 111).

Quinta, 29 de novembro: Unidade na missão

Entre o povo de Deus devia haver, neste tempo, frequentes períodos de oração sincera e fervorosa. A mente deve estar constantemente em atitude de oração. No lar e na igreja, façam-se orações fervorosas em favor dos que se entregaram à pregação da Palavra. Orem os crentes, como fizeram os discípulos depois da ascensão de Cristo. ...
Uma corrente de fervorosos e devotos crentes devia rodear o mundo. Orem todos com humildade. Uns poucos vizinhos podem reunir-se para orar pedindo o Espírito Santo. Que aqueles que não podem sair de casa juntem os filhos e se unam em aprender a orar em grupo. [...]
Coisa alguma é mais necessária na obra do que os resultados práticos da comunhão com Deus. Deveríamos convocar reuniões para oração, pedindo ao Senhor que abra o caminho para a verdade penetrar em redutos onde Satanás estabeleceu seu trono, espancando as sombras que ele lançou através do caminho daqueles que ele procura enganar e destruir. Temos a afirmação: "A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos" (Tia. 5:16; Nos Lugares Celestiais [MM 1968], p. 92).

Há necessidade de oração — oração totalmente sincera, fervorosa, angustiante — oração como a que Davi fez quando exclamou: “Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por Ti, ó Deus!” Salmos 42:1. [...] “A minha alma está anelante e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo.” Salmos 84:2. “A minha alma está quebrantada de desejar os Teus juízos em todo o tempo.” Salmos 119:20. Este é o espírito da oração perseverante, espírito possuído pelo rei salmista.
Daniel orou a Deus, não exaltando a si mesmo ou reivindicando qualquer mérito; “ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e opera sem tardar; por amor de Ti mesmo, ó Deus meu”. Daniel 9:19. Isso é o que Tiago chama oração eficaz e fervorosa. De Cristo é dito: “E, posto em agonia, orava mais intensamente.” Lucas 22:44. Em que contraste com esta intercessão feita pela Majestade do Céu se acham as orações fracas, insensíveis, que são feitas a Deus! Muitos se satisfazem com o culto de lábios, e bem poucos têm sincero, fervoroso e afetuoso anelo de Deus. 
A comunhão com Deus comunica à alma um íntimo conhecimento de Sua vontade. Mas muitos que professam a fé não sabem o que é verdadeira conversão. Não têm experiência e comunhão com o Pai através de Jesus Cristo, e nunca sentiram o poder da graça divina para santificar o coração. Orar e pecar, pecar e orar, a vida deles está cheia de maldade, engano, inveja, ciúmes e amor-próprio. As orações desse grupo são uma abominação a Deus. A oração verdadeira ocupa as energias da alma e afeta a vida. Aquele que assim desabafa suas necessidades perante Deus, sente o vazio de tudo o mais, debaixo do céu. [...]
Ao crescer os nossos números, planos mais amplos devem ser estabelecidos para atender à crescente demanda dos tempos; mas não vemos aumento especial de piedade fervorosa, de simplicidade cristã e sincera devoção. A igreja parece contente em apenas dar os primeiros passos na conversão. Está mais pronta para o trabalho ativo do que para humilde devoção — mais pronta para empenhar-se em serviço religioso exterior do que para a obra interior do coração. A meditação e a oração são negligenciadas pelo burburinho e exibição. A religião deve começar com o esvaziar do coração e sua purificação, e deve ser nutrida pela oração diária (Testemunhos para a Igreja, v. 4, p. 534, 535).

A igreja precisa despertar para a ação. O Espírito de Deus nunca poderá vir enquanto ela não preparar o caminho. Deve haver diligente exame de coração. Deve haver oração unida e perseverante, e o reclamar, pela fé, as promessas de Deus. Deve haver, não o cobrir o corpo de saco, à semelhança da antiguidade, mas profunda humilhação de alma. Não temos a mínima razão para congratulação e exaltação própria. Devemos humilhar-nos sob a potente mão de Deus. Ele aparecerá para confortar e dar bênçãos aos que deveras buscam.
A obra está diante de nós; empenhar-nos-emos nela? Precisamos trabalhar depressa, precisamos avançar constantemente. Temos de preparar-nos para o grande dia do Senhor. Não temos tempo a perder, tempo para empenhar-nos em desígnios egoístas. O mundo deve ser advertido. Que estamos fazendo, como indivíduos, para levar a luz a outros? Deus deixou a cada homem sua obra; cada um tem sua parte a desempenhar, e não podemos negligenciar essa obra senão com risco para nossa alma (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 126).

Sexta, 30 de novembro: Estudo adicional

Evangelismo, "Unidade na Diversidade", p. 98-103.
Atos dos Apóstolos, "Carta de Roma", p. 477, 478.


Se preferir, baixe este estudo em PDF: 4º Trimestre 2018 - Lição 9 - Comentários de Ellen White Sobre a Lição da Escola Sabatina

Os trechos em destaque foram extraídos dos originais, mas estão ausentes na compilação do comentário.